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Pacote Trilhas da Lagoa

(5) 100 Avaliações de clientes
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Por Pessoa:

Descrição do produto

Ficha Técnica de Turismo

Grupo

Mínimo: 7 pessoas

Máximo: 10 pessoas

Localização: Ubatuba/SP

Horário:

Ponto de Encontro: Agência Panoramas Adventure

Descrição

Grau de Dificuldade: Médio

Uma enorme praia de areias brancas, grossa e com muitas conchas, e seu nome deve-se à existência no canto esquerdo uma enorme Lagoa que se forma imponente e maravilhosa, podendo estar ligada diretamente ao mar e outras vezes separada por uma faixa de areia.

A região pertence a uma antiga fazenda colonial, onde os traficantes escondiam ilegalmente os escravos e usavam o café como fachada de negócios.

Durante o trajeto também conhecemos as praias da Ponta aguda, Praia Mansa, além de um incrível mirante e ruínas da antiga fazenda/senzala da praia da Lagoa.

Localizada na região sul de Ubatuba, dentro da desafiadora Trilha das 10 Praias Desertas, a trilha entre a Praia da Lagoa e a Praia do Simão é inteiramente realizada por dentro da Mata Atlântica. Um percurso com cerca de 2.800 metros contado a partir da placa de sinalização que indica o caminho para a Praia do Simão, que está posicionada na entrada (porteira) de um propriedade particular.

É possível chegar de carro até este ponto de início da trilha, porém é extremamente recomendado um veículo com tração 4×4. A alternativa em caso de vir de carro é deixar o mesmo estacionado na Praia da Ponta Aguda, e com isso ir caminhando pela estrada até o início da trilha, cerca de 1.500 metros.

Logo no início da trilha temos a travessia de um pequeno córrego, aliás são vários córregos no percurso, e em grande parte do trajeto, caminhamos por dentro da floresta, entre árvores centenárias ao som de muitos pássaros, inclusive a presença do Tangará Dançador, ave símbolo de Ubatuba e que inspirou as cores de nossa bandeira.

A caminhada tem muitas subidas, alguns pontos de trilha muito estreita (?single track?) e lugares que se faz necessário o uso de cordas para subir e descer. Deve-se prestar muita atenção para não tropeçar nas raízes que se encontram expostas no meio da trilha, e também é comum árvores caídas no meio do caminho, fazendo com que tenhamos que decidir entre passar por baixo ou por cima delas.

A atenção deve ser total com relação à presença de cobras peçonhentas, principalmente em lugares com ?mancha de sol?, além claro de observar com cuidado quando passar por baixo de arbustos, árvores e folhagens pois as cobras também podem estar nas alturas.

Mantendo uma passada tranquila, em cerca de 50 minutos estamos alcançando as areias da maravilhosa e praticamente intocável Praia do Simão. Vale a pena mencionar, que esta é uma trilha de nível médio e recomendada ser realizada com a presença de um guia credenciado, veja as recomendações a seguir.

Importante:
Para realizar trilhas, siga algumas regras básicas: Preserve a natureza, não jogue lixo na trilha, não maltrate os animais, não entre em propriedades particulares, recolha seu lixo e dê o destino certo para ele, deixe apenas pegadas, evite fazer barulho, desfrute dos sons da natureza, cuidado para não causar incêndios na floresta, planeje bem sua caminhada e informe a alguém sobre seu passeio, proteja-se do sol, mosquitos, borrachudos e mantenha-se sempre na trilha.

Se a caminhada for extensa é indispensável alguns acessórios como um calçado confortável, calça comprida leve e macia, camiseta de manga comprida por conta do capim navalha, boné, mochila impermeável com repelente, protetor solar, máquina fotográfica, muda de roupa seca, capa de chuva, agasalho, apito, toalha, lanterna, além do lanche, água e barrinha de cereal por exemplo. Preste atenção as passadas, e desníveis causados por erosões, devido às chuvas, e a utilização de um ?cajado? ajuda bastante a diminuir os impactos.

Também esteja alerta para abelhas, porcos do mato e a presença de cobras peçonhentas que são muito comuns em Ubatuba e na região da Mata Atlântica, tais como a jararaca (Bothrops jararaca), coral (Micrurus Corallinus), jararacuçú (Bothrops) e urutú-cruzeiro (Bothrops alternatus), que costumam ficar no meio da trilha, especialmente em lugares que bate sol.

Sempre recomendamos fazer trilhas acompanhado de um guia credenciado, pois além de garantir mais segurança, também aproveitamos para conhecer melhor a história do local.

Lembre-se: da natureza nada se tira, além de fotos e nada se leva, além de boas lembranças!!!

Duração:

De 5 a 7 horas, contando pausas pra hidratação, alimentação e banho de mar

Dificuldade:

Nível médio, 11km total. Máximo 18 participantes, idade recomendada 14 anos (é necessário condições físicas aceitáveis, cerca de 4 horas de caminhada por trilhas!)

-Lagoa Espetacular

A Praia da Lagoa faz parte da Trilha do Saco das Bananas, tem o formato de ?ferradura?, é de tombo, não abrigada e suscetível a mudanças bruscas de marés, já que está de frente para o mar aberto. Possui areia branca, grossa e com muitas conchas, e seu nome deve-se à existência de uma enorme lagoa no lado esquerdo da praia.

É possível chegar bem próximo a Praia da Lagoa de moto ou carro, partindo da Praia da Ponta Aguda, por uma estradinha estreita, recomendada para carros com tração 4×4, deixando o veículo no final da estrada, seguindo a pé por mais cinco minutos até a praia. Outra forma de chegar a Praia da Lagoa é por trilha, com cerca de 600 metros, que se inicia no canto esquerdo da Praia Mansa.

A região pertence a uma antiga fazenda colonial, onde os traficantes escondiam ilegalmente os escravizados e usavam o café como fachada de negócios. Estando no limite de uma área reconhecida como o primeiro quilombo do litoral norte, o Quilombo da Caçandoca. As águas da Praia da Lagoa, são por vezes verde-claras, por vezes azuis e o estrondo das ondas, é um espetáculo a parte. A mata que protege a frente da praia, respeita o repouso intacto do jundu.

O mar é mais agitado em seu canto direito, as espumas levantam-se por conta das ondas estourando nas pedras, e causam um atrativo diferenciado.

No canto esquerdo da Praia da Lagoa, o mar é mais calmo e tem uma particularidade, uma enorme lagoa de água doce, que se forma imponente e maravilhosa, separada do mar apenas por uma faixa de areia de três ou quatro metros, mas que por vezes, invade o mar. Nesta lagoa é possível observar tartarugas marinhas e espécies raras de peixes e aves, por exemplo o Carapicu (Eucinostomus gula), um tipo de peixe parecido com o lambari, mas que também vive em água salgada.

A lagoa transforma-se numa piscina particular, ideal para tirar o sal do corpo, passear de caiaque, stand-up e descansar em período de sol mais intenso. Lindo também é a vegetação que cobre a lateral do caminho até a Praia da Lagoa, são jardins de bromélias (bromelia ceae) e caraguatás (Bromelia pinguin), sendo fácil notar pegadas de aves e animais em busca de sombra, água e frutas como o araçá e o maracujá. Alguns cantinhos desta lagoa, vistos pelo alto se parecem com um jardim cuidadosamente criado por mãos divinas, os diferentes tons de verde da Mata Atlântica surpreendem. Veja os detalhes desta lagoa no vídeo a seguir:

Curiosidade na Praia da Lagoa: Você conhece a Pedra ?Rabo de Baleia??
Ubatuba sempre surpreende! Encrustada na costeira no canto direito da Praia da Lagoa, temos uma curiosa formação rochosa e seu formato se parece com uma cauda de baleia saindo da água. Alguns acham que se parece com a cabeça de um touro. Impressionante!

História - Fazenda era porta de entrada para o tráfico de escravizados
Beleza natural à parte, por trás do jundu e pela trilha, é possível avistar um lindo jardim de sapé e flores tropicais, vestígios de casas e de algumas pilastras erguidas. Mas, ao caminhar em direção ao centro da fazenda, em meio a mata, avistamos uma grande estrutura que teria sido um imenso porão construído por peças de pedras coladas com conchas moídas, misturadas a areia e óleo de baleia. É assim que está guardada uma estrutura arquitetônica surpreendente: ruínas, marcas do tempo da escravatura, do processo civilizatório e da formação genealógica de nosso país. Este local nos remete ao um passado triste de exploração e sofrimento.

A construção impressiona pelos detalhes arquitetônicos, o local escolhido, os detalhes de encaixe das madeiras, reboco (novidade para a época), a disposição dos espaços, a organização das salas, a saída e a entrada do local, o desenho que esconde os porões e a proximidade da lagoa, onde os traficantes afogavam os negros secretamente e depois enterravam ou lançavam ao mar seus corpos. Segundo estudiosos, a fazenda era realmente uma fachada para o tráfico negreiro. Eram trazidos na maioria homens que ficavam presos no porão da grande casa, que é o que sobrou, o que vemos hoje. Lamentável o que os traficantes faziam com os negros que eram negociados, vendidos a ?peso de ouro? e havia escolha até para os tons de cor da pele, quanto mais escuro mais caro. Observavam seus dentes, as canelas, que quanto mais fina eram mais valor tinham para venda.

Tem-se informações que o penúltimo proprietário da fazenda foi Carlos José Robillar, natural da Ilha de São Domingos, França. Ao que tudo indica chegou ao Brasil entre 1821 e 1822 para adquirir um tanto de terras. Chegou com a condição de lavrador proprietário. Entre 1823 e 1824 teve como sócio um tal de Glucht, que aparece como agregado de Rubillar em 1825. O feitor de Robillar foi Pacifique Guiamon, que veio a falecer em 1827. Em 1829 sua propriedade consta em nome de sua mãe Dona Catarina Francisca Robillar. Em 1830, a fazenda aparece novamente em seu nome e seu feitor é Elias Romeira.

O último proprietário a que se tem notícia foi Bernardino Antunes de Sá, que por volta de 1858, trouxe de Minas Gerais José Antunes de Sá, um parente para comprar outra fazenda, a da Caçandoca. Em 1850, com a aplicação da Lei do Abate de Navios, de Euzébio de Queiroz, muitos traficantes de escravizados utilizaram rotas alternativas para vender negros ao planalto. Na região da Maranduba ainda constam às Trilhas do Campo, Água Branca e da Pedra Preta, do Sertão da Quina do lado de Ubatuba, e outras do lado de Caraguatatuba, como a subida até Pouso Alto e do Poço Verde.

- tartarugas marinhas e espécies raras de peixes e aves

- Trilha do Saco das Bananas-trilha se inicia ou na Praia da Caçandoca, ou na Praia de Tabatinga, passando pelas praias: Caçandoquinha, Raposa, Saco das Bananas, Simão (ou Brava do Frade), Lagoa, Mansa, Ponta Aguda, Figueira e Galhetas.

A Trilha do Saco das Bananas é também conhecida por Trilha das 10 Praias. É uma das trilhas mais desafiadoras de Ubatuba, pois além de sua longa extensão, cerca de 15Km, vários trechos são de subida / descida íngreme e em alguns locais necessitamos do auxílio de cordas. Alguns também chamam este percurso de ?Trilha das 10 Praias Desertas, o que não é verdade, se analisarmos a história, sempre teve movimento e moradores nestas praias.

Além disso, a presença constante da Mata Atlântica, exige cuidado permanente com os animais silvestres que normalmente encontramos no trajeto. Outra questão que é preciso administrar antes de iniciar esta trilha, é a logística de transporte. Isso porque o recomendado é deixar um veículo em cada extremo da trilha, no caso, nas Praias da Caçandoca e Praia das Galhetas, ou planejar uma volta ao ponto de partida de barco.

A trilha passa por uma região pouco conhecida, com praias encantadoras e marcada na história pela ocupação da primeira Comunidade Quilombola do litoral de São Paulo. Convém lembrar que caminhamos por terras quilombolas, propriedades particulares e a presença de um guia credenciado se faz necessário, até mesmo para ter a devida permissão.

Se a opção for iniciar a Trilha do Saco das Bananas pela Praia da Caçandoca, passamos na sequência, pelas Praias da Caçandoquinha, da Raposa, do Saco das Bananas, do Simão (ou Brava do Frade), da Lagoa, Praia Mansa, Praia da Ponta Aguda, Figueira, e finalizamos na Praia das Galhetas, que faz divisa com a Praia de Tabatinga já em Caraguatatuba.

O caminho é de nível médio a difícil e realizado em cerca de 4 horas, contando as paradas obrigatórias para fotos e um breve banho de mar em uma das belíssimas praias.